segunda-feira, 3 de novembro de 2008

As eleições nos EUA e a educação




guerra no Iraque não é o único tema polêmico na corrida presidencial norte-americana. Tanto o senador democrata Barack Obama como seu colega republicano John McCain levantaram temas quentes no que diz respeito à educação nos EUA. Obama, por exemplo, já até se indispôs com a Associação Nacional de Educação (a sigla em inglês é NEA), entidade que representa 3,2 milhões de pessoas envolvidas na área, ao defender a bonificação por desempenho como saída para a melhoria da qualidade da educação. Ele propõe que os salários dos professores do país inteiro sejam aumentados de acordo com suas performances. O que a NEA defendia - hoje a instituição já endossa a proposta de Obama - é que a bonificação por desempenho potencializa abusos de favoritismo e avaliações subjetivas. Essa é uma questão controversa entre as entidades representativas do país. Na contramão da NEA, a Federação Americana de Professores decidiu se aliar à senadora Hillary Clinton, que considera a política "desencorajadora e degradante".
Já John McCain foi enfático em seu discurso na Convenção Republicana no dia 4 de setembro quando disse que pretende formar professores melhores - e que aconselhará aqueles que não forem bons a procurar outra carreira. Tal conduta se alinha com as práticas educacionais de cidades como Nova York e Atlanta, que optam pela demissão de docentes e diretores que não conseguem melhorar o desempenho de seus alunos. No site de sua campanha, McCain também diz que as escolas devem ser mais inovadoras, flexíveis e centradas nos estudantes. A questão da bonificação por desempenho, entretanto, fica no ar: sua proposta de governo aponta que os professores devem ser "recompensados", mas não há explicações sobre o tipo de recompensa.

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